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Paris-2024: Carolina João e Diogo Costa exultam com quinto lugar, mas já pensam em 2028

LUSA
Carolina João e Diogo Costa satisfeitos com o resultado
Carolina João e Diogo Costa satisfeitos com o resultadoCOP
Os velejadores portugueses Carolina João e Diogo Costa mostraram-se satisfeitos com o quinto lugar final da classe 470 nos Jogos Olímpicos Paris-2024, mas já estão a pensar no próximo ciclo olímpico.

Se virmos as coisas de um plano mais geral, é um quinto lugar espetacular. A vela é um desporto muito medalhado em Portugal, mas, ao mesmo tempo, as medalhas já são mais velhas do que eu. Era um sonho que tínhamos e achávamos que éramos capazes, mas, ao mesmo tempo, sabíamos que era uma ambição muito grande", declarou no final Diogo Costa.

O velejador, de 26 anos, referiu que hoje entraram na prova ainda a lutar pelas medalhas, mas conscientes das dificuldades.

"Hoje, era matematicamente possível, mas era dificílimo. Dependíamos quase totalmente dos outros. Tínhamos de ganhar a regata e ficar a olhar para trás e ver o que é que eles faziam. Não conseguimos ganhar a regata, mas isso também foi consequência do princípio do campeonato. Achávamos que a regularidade era o nosso ponto forte e já não fazíamos uma largada adiantada há cerca de dois anos", afirmou o velejador portuense.

Diogo Costa, 15.º nos Jogos de Tóquio-2020 em 470, em equipa com Pedro Costa, atribuiu a prestação menos conseguida aos resultados iniciais.

"A largada adiantada, mais o 16.º e o 14.º, que foram os nossos piores resultados em campeonatos oficiais deste ano, foi um início muito duro, mas, ao mesmo tempo, conseguimos combater isso com as nossas melhores regatas do ano inteiro. Estamos felizes, como é óbvio, mas é o que é", disse, apontando já as baterias aos próximos jogos: "Desde o princípio que apontámos a nossa oportunidade real para Los Angeles e foi o que a Carolina disse antes de chegar a terra, a campanha de Los Angeles começa amanhã".

Visivelmente satisfeita com o resultado final estava Carolina João.

"Estamos muito contentes com o trabalho que temos vindo a desenvolver. O objetivo era conseguirmos o diploma, conseguimos. Lutámos até ao fim, porque matematicamente a medalha ainda era possível, mas dependíamos um bocado dos segundo, terceiro e quarto, que tinham de fazer uma má regata, e não fizeram. O que podíamos controlar, controlámos, saímos com o quinto lugar e diploma olímpico", afirmou a velejadora lisboeta.

Carolina João, de 27 anos e 34.ª em Laser Radial em Tóquio-2020, olha igualmente já para os Jogos de 2028.

"A ideia agora é continuarmos para Los Angeles. É um projeto que temos vindo a desenvolver e que tem corrido bastante bem. Temos feito uma evolução bastante rápida. Há três anos não navegava neste barco e estamos a competir contra pessoas que já navegam há vários anos. Acho que a nossa evolução tem sido bastante boa e estamos entusiasmados com a campanha para os próximos Jogos", finalizou.

A dupla portuguesa concluiu a sua prestação nos Jogos de Paris-2024 com um segundo lugar na regata das medalhas, que lhe conferiu o quinto lugar final.

A melhor prestação portuguesa na classe 470 da vela continua a pertencer à dupla Hugo Rocha/Nuno Barreto, medalha de bronze em 470 nos Jogos Atlanta-1996, enquanto a medalha de prata na classe star, em Roma-1960, obtida por Mário Quina e José Quina, continua a ser o melhor resultado global na vela.

Nos Jogos Olímpicos Paris-2024, Portugal tem agora uma medalha e sete resultados entre o quarto e o oitavo.