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Paris-2024: Velejador Eduardo Marques lamenta não ter podido lutar por medal race

LUSA
Prova foi cancelada por falta de condições de navegabilidade
Prova foi cancelada por falta de condições de navegabilidadeWorld Sailing
Eduardo Marques lamentou esta terça-feira não ter tido oportunidade de lutar pela medal race da classe ILCA 7 dos Jogos Olímpicos Paris-2024, após o cancelamento, na segunda-feira, das duas últimas regatas por falta de condições de navegabilidade.

“Não ter oportunidade de lutar… eu estava pronto para a luta, ‘vai dar, vai acontecer, dê para onde der, vai dar’. E, depois, pronto, não houve vento, ficámos a dia todo no mar, ficámos à volta de cinco horas no mar, à espera de vento e nada, não havia condições, sinceramente não havia”, contou à agência Lusa.

Com oito regatas realizadas, das 10 inicialmente previstas, Eduardo Marques ficou no 11.º lugar, com 101 pontos, a apenas um do 10.º classificado, o irlandês Finn Lynch, o último em posição de acesso à medal race.

Assumindo sentir “uma azia muito grande”, o velejador português, de 30 anos, apontou a desclassificação na sétima regata como decisiva para este desfecho.

“Essencialmente, aqui o ponto-chave é a bandeira negra, (...) , que não quer dizer que eu não estava fora, mas eles não conseguiram provar que eu estava fora”, recordou à Lusa.

No domingo, Marques, que entrava na nona posição para o quarto dia de competição na sua classe, foi desclassificado logo na primeira regata, por ter infringido a regra da bandeira preta na largada, em que nenhuma parte do casco de um barco poderá estar no triângulo formado pelas extremidades da linha de largada e a primeira marca de percurso no minuto antes da partida.

“Por norma, eles fazem um vídeo da largada do último minuto todo e fazem também uma voz, um gravador e estão a dizer números, neste caso, países. (...) E nunca falam de mim, o meu número nunca aparece, Portugal nunca aparece, nas filmagens nunca aparece, a partir dos últimos 15 segundos nunca aparece, mas assumem que eu estou fora. E isso que custou-me um bocadinho a acreditar”, descreveu.

O velejador luso defendeu que, em caso de dúvida, não devia ter sido desclassificado.

Agora, após ter concluído a estreia olímpica, considera que ainda é cedo para pensar em Los Angeles-2028.

“Vou parar uns meses e refletir bem sobre isso. Em princípio, eu diria que sim, mas, porque não é um projeto somente para um ano, são quatro anos, é preciso saber estratégias, vai haver eleições na federação, é preciso saber estratégias da federação, com quem vamos trabalhar, tudo. Está muita coisa dependente, mas, em princípio, diria que sim”, concluiu.