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Villas-Boas garante: "Ataque aos nossos jogadores em janeiro? Remetemos para as cláusulas"

Hugo Filipe Martins
André Villas-Boas, presidente do FC Porto
André Villas-Boas, presidente do FC PortoESTELA SILVA/LUSA
André Villas-Boas, presidente do FC Porto, falou sobre a atualidade do clube esta sexta-feira, na apresentação do Relatório e Contas dos dragões, que apresentaram resultados negativos de 21 milhões de euros.

Na quinta-feira, o FC Porto apresentou o Relatório e Contas através de um comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), com exercício financeiro negativo de 21 milhões de euros.

Esta sexta-feira, André Villas-Boas fez um balanço dos resultados e analisou o futuro do clube.

Mercado: "Nesta fase não temos perspetivados que sejam ativadas cláusulas de rescisão em janeiro, estamos relativamente tranquilos. Fizemos este investimento para que a equipa seja competitiva e possa ser campeã nacional. Não estamos à espera de nenhum ataque aos nossos jogadores, mas se assim for vamos remeter para as cláusulas de rescisão. Foi esta a equipa que construímos para atacar o campeonato nacional e confiamos que se vá manter até junho".

Empréstimo de 500 mil euros à SAD: "Foi uma resposta a uma situação urgente de tesouraria, pela qual disponibilizei-me enquanto associado do FC Porto e não como presidente para fazer face a essa crise de tesouraria. Fi-lo de coração aberto e como portista que sou. Voltaria a fazer em caso de necessidade".

Venda de jogadores: "Toda a atividade do FC Porto assenta nestes três eixos: direitos de televisão, apuramento para a Liga dos Campeões e resultados com transferências de jogadores. Esse sempre foi o bolo e assim será. Foi por isso que quisemos construir uma equipa competitiva, com investimento em jogadores jovens, porque esta atividade vai gerar receita. Daí o investimento feito na atividade desportiva. Esperamos ter sempre resultados não só da nossa equipa profissional, mas dos jogadores que desenvolvemos na formação. Esta será a atividade que gerará mais receitas. Há outra parte como a contenção de custos que queremos melhorar e tornar mais eficaz".

Sócios: "Temos registado com agrado o movimento associativo que se deu após as eleições. Houve um renascer na forma como os associados se relacionam com o clube. Estamos a estudar do ponto de vista comercial para que sejamos a curto prazo o segundo clube com mais associados. O Benfica está noutra realidade, mas queremos encurtar distâncias para o Sporting. Haverá associados que não se identificavam como forma como o FC Porto estava a ser gerido. Muitos associados agora regressaram e muitos outros estão a pedir para voltar e a pedir novas renumerações".

Contas: "Estávamos à espera do que pudesse acontecer. Tivemos um curto período de atividade, em que nos dedicámos a resolver os problemas do clube. Tivemos de agir proativamente com os sócios e adeptos do FC Porto. Voltamos a agradecer a ajuda, porque subscreveram este papel comercial que nos permitiu continuar a atividade corrente. Estávamos mais ou menos à espera. Ninguém gosta de receber a notícia de que não tínhamos liquidez disponível".

Ithaka: "O nosso objetivo é continuar a liquidar dívidas com clubes, com agentes e fornecedores. Até 31 de dezembro temos responsabilidades a cumprir. No caso da aplicação do dinheiro investido para melhorar o Estádio do Dragão será concretizado no prazo deste ano".