A antiga funcionária da World Wrestling Entertainment, Janel Grant, processou a empresa, McMahon e o antigo diretor de relações com os talentos, John Laurinaitis, alegando agressão sexual, tráfico e abuso emocional.
Grant apresentou a queixa na quinta-feira num tribunal do Connecticut, acusando McMahon de a ter coagido a uma "relação sexual", partilhando fotos e vídeos sexualmente explícitos dela com colegas do sexo masculino e sujeitando-a a "exigências sexuais cada vez mais depravadas" que incluíam encontros sexuais com Laurinaitis e outros.
McMahon negou as acusações num comunicado em que anunciou a sua demissão da direção do Grupo TKO, que também controla a marca de artes marciais mistas Ultimate Fighting Championship (UFC).
"Mantenho a minha declaração anterior de que a ação judicial da Sra. Grant está repleta de mentiras, de casos obscenos inventados que nunca ocorreram e é uma distorção vingativa da verdade. Tenciono defender-me vigorosamente contra estas acusações infundadas e estou ansioso por limpar o meu nome", afirmou McMahon em comunicado.
"No entanto, por respeito ao Universo WWE, ao extraordinário negócio da TKO e aos seus membros do conselho de administração e accionistas, parceiros e constituintes, e a todos os empregados e Superstars que ajudaram a tornar a WWE na líder global que é hoje, decidi demitir-me da minha presidência executiva e do conselho de administração da TKO, com efeitos imediatos", prosseguiu.
A WWE é um êxito de audiências que deve muito do seu sucesso ao empresário e promotor McMahon, um amigo de longa data de Donald Trump. Depois de comprar a então World Wrestling Federation (WWF) ao seu pai em 1982, McMahon transformou a liga de segunda categoria num gigante do entretenimento.
Transformada em World Wrestling Entertainment em 2002, a liga ultrapassou a marca dos mil milhões de dólares em vendas anuais no ano passado e, na terça-feira, a Netflix fechou um acordo de transmissão de 10 anos, no valor de 5 mil milhões de dólares com a WWE.
Mas McMahon já esteve sob escrutínio antes. Renunciou ao cargo de diretor executivo da WWE em 2022 devido a uma investigação interna sobre as alegações de que teve um caso com uma funcionária, a quem terá pago três milhões de dólares para manter o segredo.
A sua filha Stephanie McMahon foi nomeada CEO interina enquanto a investigação continua, numa altura de crescentes alegações de má conduta e pagamentos de milhões de dólares a mulheres anteriormente associadas à WWE para não falarem sobre essas mesmas acusações.