“Entrámos bem, fizemos o golo a abrir e temos mais quatro ou cinco momentos para fazer o segundo golo, mas não conseguimos. O Santa Clara ameaçou no final da primeira parte e creio que este é o resumo dos 45 minutos iniciais, ainda que a nossa vantagem pudesse ser mais dilatada ao intervalo. Tentámos injetar nos jogadores a importância de fazer o 2-0, mas caímos no erro de nos sentarmos no golo que marcámos", começou por dizer, à Sport TV, Vítor Bruno, considerando que o Santa Clara começou a acreditar e "empatou num lance de bola parada. A parte final é fruto da forma como a equipa se entrega ao jogo. A nossa grande missão entre este jogo e o anterior era carregar ao máximo a barra de energia dos jogadores, mas caíram no lugar comum de tentar gerir um jogo que não estava seguro e o Santa Clara acaba por ter mérito ao chegar ao empate”.
Quanto aos possíveis danos deste desaire, Bruno afirma que "este resultado é um murro no estômago, mas é importante que todos nós aprendamos com os erros. É o maior ato de inteligência do ser humano, aprender com o erro e não o voltar a cometer. Lançámos esse desafio aos jogadores depois do que aconteceu com o Sporting e depois com o Rio Ave, para não cairmos no mesmo erro de chegar aqui e pensar que o jogo estava ganho. Temos de perceber que do outro lado estarão sempre equipas que farão tudo para somar pontos. Quando não estamos no máximo das nossas capacidades, não só em termos de talento, fica difícil. Hoje houve individualidades que não estiveram ao seu nível e o todo não foi melhor do que todas as partes".
A fechar, afirmou que a distância para o Benfica não é relevante e a equipa tem que olhar para si mesma: “O nosso trabalho é esse. Já estivemos a sete pontos de distância e conseguimos ser campeões, da mesma forma que não o fomos tendo uma vantagem igual. Vamos continuar a trabalhar para que aqueles que estão à nossa frente olhem para trás e vejam alguém de azul e branco que é campeão nacional e que quer sê-lo outra vez".